Olá, sou Alberto Lung, escritor. Este é meu blog

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Autor de la Margarita.


Quem Matou Meu Pai, de Édouard Louis

Mariusz Kubik, CC BY 4.0, via Wikimedia Commons

No livro Who Killed My Father, Édouard Louis faz uma crônica íntima e feroz da marginalização da classe trabalhadora na França, usando a figura do pai como símbolo das políticas desumanizadoras que destroem corpos e vidas. Com uma prosa que mescla memória e manifesto político, Louis explora como a masculinidade tóxica e a opressão social se entrelaçam, delineando as causas e consequências de uma vida desprovida de escolhas.

Louis, em um trecho pungente, escreve: “A pobreza te mutila. Ela te impede de se levantar. Ela rouba até sua capacidade de sonhar.” Essa frase encapsula a dor intergeracional de um sistema que desvaloriza seres humanos e que, segundo o autor, sentencia indivíduos a existências precárias.

Ao ler, somos confrontados com perguntas profundas sobre responsabilidade: quem realmente “matou” seu pai? A resposta se revela uma acusação implacável ao sistema político que negligência os mais pobres. Louis reforça essa ideia com outra citação impactante: “A política destruiu seu corpo, mas também destruiu o que você poderia ter sido.”

Who Killed My Father é, acima de tudo, um apelo por empatia e ação, ecoando as experiências de muitos que vivem às margens e relembrando que as cicatrizes sociais não são meramente individuais, mas coletivas. É uma leitura que desafia o leitor a olhar além do pessoal e encarar as estruturas que mantêm desigualdades.


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