Imagem criada por chatGPT
Essa é a sensação que A Arte do Jogo nos dá. Henry Skrimshander, um jovem craque do beisebol, parece estar destinado ao sucesso. Mas a perfeição física e mental que o define começa a desmoronar depois de um único erro no campo. E aí Harbach nos pergunta: o que acontece quando o que sempre funcionou simplesmente para de funcionar?
O braço de Henry, antes infalível, vira uma metáfora clara. Não só para a fragilidade física, mas para o que significa ser humano. É como se todos nós, em algum momento, fôssemos indestrutíveis, até que a vida nos prova o contrário. E, de certa forma, é aqui que o livro brilha — nos mostra que falhar faz parte do processo. Que aceitar nossas vulnerabilidades nos ajuda a crescer. O braço de Henry, com toda a sua glória e decadência, nos força a refletir sobre como lidamos com as expectativas (nossas e dos outros) e sobre como nos levantamos quando falhamos.
Outro ponto que se destaca é a relação entre Mike Schwartz e seu pai. Não é só uma relação familiar típica, mas uma visão crua de como as expectativas paternas podem moldar (ou destruir) quem somos. Mike, o mentor de Henry, carrega essa pressão nas costas, tentando ser o salvador de todos, menos de si mesmo. A relação dele com o pai, sempre marcada pela ausência e o peso de expectativas nunca alcançadas, é o retrato de um ciclo emocional que afeta muito além do beisebol. A busca por aprovação é um tema que ressoa forte aqui — tanto dentro quanto fora do campo.
No fim, A Arte do Jogo é sobre equilíbrio. Entre ser invencível e aceitar nossas falhas. E isso é o que faz o livro tão real. Porque, no final das contas, está tudo bem.
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